terça-feira, 24 de fevereiro de 2009

1 ANO de TI MEU AMOR

Eram 7h00 da manhã quando acordei, foi uma noite de sono leve... acordei bem disposta e expectante, afinal estava marcado o encontro com a minha Filha Bárbara. Tomei banho, o Papá ainda aproveitou para tirar umas fotografias à barriga pois estava a escassas horas de a ver diminuir, e vesti-me.
A parte pior foi ter que deixar a minha menina, o meu bebé, eu sei que ela estava muito bem entregue mas a minha maior angustia era ter que a deixar. Ficou com os meus Pais e com o meu Mano, deixei 1001 indicações e lá fomos nós rumo à Maternidade Julio Dinis. Nesse dia, Domingo, já me aguardava uma equipa de médicos referenciados pela minha Obstetra. Dirigi-me à recepção e perguntei pela Dra Rita, o recepcionista perguntou-me para que era e eu lá lhe expliquei que fiquei de estar lá às 8h00 para internamento, o Sr pediu-me todos os documentos necessários para abrir a ficha e mandou-me aguardar. Passados uns breves minutos voltou-me a chamar e mandou-me entrar para falar com a Dra Rita. Foi a 1ª vez que a vi, pois toda a minha gravidez foi seguida pela Dra Paula Ramoa no consultório particular, gostei dela! Transmitiu-me tranquilidade, falava baixo, o tom da sua voz era meigo, por outro lado achei-a demasiado nova para assumir o comando do barco:)
Fez-me algumas perguntas rotineiras, se era a 1ª vez que tinha filhos, se tinha sido parto normal, blá, blá, blá... (Vamos a isso pensava eu).
Eu estava demasiado calma afinal trazia já alguma experiência na bagagem, mas a idade da médica deixou-me apreensiva... Eis que surgem outros elementos da equipa e aparece uma médica com os seus 60 anos, respirei de alivio, senti-me mais em casa.
Mandaram-me vestir a bata da praxe, ligaram-me ao CTG e fizeram-me o toque. Apontamentos para aqui, apontamentos para ali... As contrações eram poucas movimentos e batimento cardiaco fetal normal. Colocaram-me uma fita na vagina com ocitocina para ajudar, mandaram-me caminhar no corredor o mais que pudesse para acelerar todo o processo. E assim foi, percorri alguns Kms na companhia do meu querido marido que nestas alturas é o meu porto seguro. Caminhei a manhã toda e o inicio da tarde, até que comecei a sentir um cansaço e um peso enorme no fundo da barriga, deitei-me. Ligaram-me novamente ao CTG e verificaram que as contrações já estavam mais regulares. Fizeram-me várias vezes o toque, mas estava ainda um pouco demorado. Ali fiquei ligada pelo menos mais 1 hora, ora aproveitava para conversar com o S, ora dormitava.O S levou o seu livro Código da Vinci para pôr a leitura em dia.
Estava muito descansadinha a dormitar quando me rebenta a bolsa de água, pedi a aparadeira, pois foi uma sensação esquisita, apareceu logo a Parteira que mandou levantar, mas eu já quase não conseguia andar com o peso que sentia na vagina. Fui amparada da sala de expectantes até ao núcleo de partos.
Perguntaram-me se queria a epidural ao que eu respondi que sim pois já tinha a experiência anterior e foi maravilhoso. Enquanto chega e não chega a anestesista as dores começaram a apertar e a vontade de puxar era enorme... Ao que as Parteiras respondiam... mas não puxe porque ainda não está na altura... E como é que eu conseguia controlar aqueles puxos? Não conseguia por mais que me pedissem eu não conseguia contrariar a natureza.
Agora imaginem o Pai cá fora à espera e a ouvir toda aquela conversa, ficou pregado ao chão, sei que quando o mandaram entrar estava branco.
A Anestesista quanto a mim demorou, quando chegou tentou meter conversa comigo, quem era a minha médica, ao que eu respondi que era a Dra Paula.
Ela soltou uma gargalhada! Sou a anestesista dela no particular, ela também já trabalhou cá na maternidade.
- Eu sei, foi ela que me fez o parto da minha filha Carolina aqui na maternidade.
- Então já me conhece
- Conheço (não deve haver muitas anestesistas na maternidade brasileiras).
Chamou a Parteira e pediu para medir a dilatação!
Não há nada a fazer já não dá para levar a epidural, disse ela.
Esqueçam a epidural e ajudem-me, disse eu já completamente desesperada porque não conseguia controlar aquela sensação de querer puxar.
O Pai deu-me a mão e palavra mágica :

COMECE A PUXAR!!!

1, 2 e já está!

Nasceu a minha Princesa, às 17H04 com 3370 Kgs e 49 cms.

São momentos unicos, posso passar por imensas situações que nenhuma delas se consegue igualar a esta Magia que é o nascimento de um filho.

Olhei para o Pai, estava lavado em lágrimas, não conseguia dizer nada.

Mal a Bárbara nasceu a Parteira colocou-a imediatamente no peito e a Piquena respondeu ao estimulo.

As médicas chegaram já eu estava cozida e com a minha menina no regaço a mamar.
Conclusão : Fiquei tão apreensiva com a idade da médica e não tive um unico médico no meu parto, eram todas parteiras e uma Pediatra.

Correu tudo bem e o espelho disso é que hoje fazes 1 ANO. E cada dia que passa o amor que sinto por ti aumenta, duplica, triplica, quadriplica... Não consigo explicar.

AMO-TE MEU AMOR! Bárbara

AMO-TE MEU AMOR! Carolina ( a mãe promete-te um post, com este tamanho e tudo:))

6 comentários:

  1. antes de mais muitos parabénssssss pelo primeiro aninho e depois estes relatos deixam-me sempre com o a lágrima no cantito do olho
    bjs

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  2. adorei ler esta história ..emociona-me muito os partos
    mil beijinhos a ela de parabéns e muitas felicidades
    bjokas gôdas
    paula

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  3. Parabéns pelo aniversário e pelas duas filhotas lindas. Estavam um espectáculo mascaradas. Eu já tinha tentado enviar mensagem mas depois de escrever ficava eternamente no "loading" para verificação de palavras e não saía dali. Bom, agora consegui.
    Beijinhos.

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  4. Muitos parabéns!
    Eu tb fui seguida pela Drª Rita e fiquei com pena de não ter sido ela a fazer-me o parto, gostei muito dela :0)

    Beijinhos

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